Parte 09
Reencontro no Tempo
Como Jesus é o Senhor do Tempo e a Terra será reconectada ao Real Tempo do Universo, acontecimento que guarda estreita relação com o Retorno do Cristo, devemos mencionar aqui outros projetos extraterrestres de civilização humana que se desenvolveram na América. Um deles, de singular importância, foi o projeto Maia.
Os Maias e o Calendário Mágico
Os Maias foram uma das mais brilhantes e poderosas culturas conhecidas da América Central. Dominavam uma linguagem escrita, eram hábeis arquitetos, ousados comerciantes e talentosos artistas. Não constituíam um estado unificado mas organizavam-se em várias cidades-estado independentes entre si que controlavam um território mais ou menos amplo. Também não falavam uma única língua. Os grupos maias se instalaram em um território contínuo de quase 400 mil km² que abarca os atuais estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Quintana Roo e partes de Tabasco e Chiapas, além de países da América Central como Guatemala e Belize e porções ocidentais de Honduras e El Salvador. Sobreviveram seis vezes mais tempo do que o Império Romano e construíram mais cidades do que os antigos egípcios.
Os maias eram pacíficos e viviam organizados em tribos, em cidades e povoados que se uniam sem um soberano comum que exercesse o poder. A terra era propriedade comum, distribuída pelo chefe da tribo. A arte maia, cuja cronologia ainda se discute, aparece em todas as regiões onde foram encontrados monumentais edifícios de pedra, imponentes pirâmides, templos e palácios recobertos de elaborados relevos, pinturas murais, esculturas e ricas cerâmicas.
Apareceram em cena, segundo suas próprias cronologias, no ano 3. 113 a.C., constituindo-se em uma das mais avançadas culturas da América Central e do mundo. Entretanto, todo legado histórico sobre o pensamento maia é quase nulo, já que, além de sua obra arquitetônica e algumas narrativas, diretamente deles só possuímos quatro dos cinco mil códices que o evangelizador espanhol Diego de Landa queimou. Os códices de Dresde e Tro-Cortesiano revelaram as façanhas que eram capazes de realizar e, se pararmos para pensar no legado perdido acumulado durante séculos pelos sacerdotes maias, é triste imaginar toda a influência que poderiam ter tido no "velho mundo".
O tempo era meticulosamente medido pelos sacerdotes maias e o povo apegava-se às suas crenças astrológicas. A necessidade de seguir padrões de vida regidos por seus "deuses" que, segundo a tradição, tinham vindo das Plêiades, inspirou-os a criar o Tzolkin (conta dos dias) que é um calendário astrológico de 260 dias, formado por 20 semanas de 13 dias. O Tzolkin regia a vida do povo. O Haab era o calendário solar de 360 dias, 18 meses de 20 dias, mais um pequeno mês chamado "Uayeb" de cinco dias mais, dando um total de 365 dias. Para os maias Hunab Ku é o cento da galáxia e, ao mesmo tempo, o coração e a mente do Criador. Ainda que existissem "essências " menores, como Chac, deus da chuva, Hunab Ku era o centro de tudo e para ali e para o sol dirigiam seu olhar quando estudavam as estrelas. Este conhecimento ancestral confirma o que os guias nos vêm transmitindo sobre as emanações de energia provenientes do Sol Galáctico e sua importante influência em nossa vida
Assim, pouco a pouco se descobre o legado maia e somos nós que mais nos maravilhamos com estes astrônomos, matemáticos, físicos, engenheiros, construtores. Em nossa visão ingênua do mundo nós os consideramos uma civilização primitiva, mas à luz dos números maias e de seus conhecimentos, devemos compreender que sabiam tanto ou mais do que nossos cientistas atuais. Segundo os maias, a rotação completa da Terra ao redor do sol é de 365,2420, enquanto que a NASA a mede em 365,2422! Ou seja, suas medidas astronômicas eram tão exatas que, comparando-as com aquelas tomadas pela NASA, diferem apenas em alguns milésimos de segundos.
Entretanto, o mais importante que os maias deixaram foram seus avisos para a humanidade futura, como a profecia da reconexão, ou sincronização, com o Tempo Real. Por alguma razão, no auge de sua brilhante civilização, abandonaram suas cidades, deixando para trás palácios, observatórios, obras de arte, centenas de monumentos e estelas e desapareceram.
O Raio Sincronizador
Os maias nos dizem que a cada 5 125 anos, do centro da galáxia (Hunab Ku), surge um "raio sincronizador", que sincroniza nosso Sol e todos os planetas com uma poderosa emanação de energia. Na elipse formada pela rotação completa do sistema solar em volta da galáxia fizeram uma divisão em dois períodos, cada um com 12.812 anos. Chamavam Dia a parte mais próxima do centro da galáxia e Noite a parte mais afastada de Hunab Ku, do mesmo modo que se divide o dia e a noite na Terra. Do mesmo modo a elipse era dividida em cinco períodos de 5.125 anos, que eram: Manhã, Meio-Dia, Tarde, Pôr-do-Sol e Noite. Segundo os maias, justamente no novo milênio estaremos entrando na manhã galáctica, que é marcada pelo raio sincronizador emanado do Hunab Ku. Pois bem, em 1997 a NASA descobriu que o centro da galáxia começou a emitir enormes quantidades de energia. Seria a energia do Sol Manásico da qual falavam os Guias e que pode ser canalizada pelos Cristais de Césio? Isto se confirmou quando, em novembro de 2010, o telescópio espacial Fermi captou as emanações de luz violeta procedentes do Centro da Galáxia que tinham um diâmetro superior a 25 mil anos luz.
Os maias nos dizem que o intervalo para a transição de um tempo ao outro dura 20 anos e eles o chamam de "O Tempo do Não-Tempo", quando ocorrem grandes mudanças. É aí que devemos ser capazes de transformações. Estas transformações implicam em algo tão profundo quanto a escolha de evoluir energética, consciente e completamente.
Os dados científicos recolhidos nestes anos respaldam esta ideia. Vejamos alguns:
1. Em setembro de 1994, todas as linhas magnéticas terrestres sofreram distúrbios, diminuindo e movendo-se, o que fez com que muitas baleias encalhassem e pássaros em migração se perderam. Também nos aeroportos os aviões precisaram aterrissar manualmente e foi necessário reimprimir mapas.
2. Em 1996, Soho, o satélite enviado para estudar o Sol, descobriu que nossa estrela já não tinha polo norte e/ou polo sul. As polaridades se homogeneizaram, convertendo-se em um só campo magnético. No mesmo ano, aconteceu um "bamboleio" que ocasionou que nosso Polo Sul, em um só dia movesse 17 graus de sua posição, comportando-se erraticamente.
3. Em 1997 ocorreram grandes tormentas magnéticas provenientes do Sol, destruindo satélites que orbitavam a Terra. Se isso fosse pouco, segundo as medições comparadas, a Terra acelerou e perdeu grande parte de sua energia magnética. Em 1996 tínhamos 4 graus e em 1999 havia diminuído para 1,5 graus. Quanto à aceleração da frequência vibratória terrestre, em 1997 a frequência era de 7.8 Hz, enquanto que em 1999 elevou-se a 11.5 Hz.
A data chave deste processo, ou o início dele, é o ano 2012, quando termina o "Tempo do Não-Tempo". Curiosamente os estudos matemáticos de Paracelso sobre o chamado "Final do Tempo" nos dizem que, em realidade, esta época marcada por finais e princípios, ronda exatamente os anos 2012 até 2017. Isto quer dizer que, como bem nos ensinaram os guias, estamos vivendo um momento extraordinário, quando os tempos hão de reconecta-se, como o fez Jesus. A Civilização Maia recebeu estas chaves e nisto consiste o legado dos mensageiros celestes que, curiosamente, vieram da estrela "Maya" das Plêiades, para ensinar-lhes que vivíamos em um mundo com um tempo ilusório. Não é uma casualidade que no oriente o mundo da ilusão se chame "Maya", da qual a humanidade deve despertar.
O Projeto Inca e a Proteção do Disco Solar.
Falar da reconexão dos tempos é falar também do Grande Disco Solar que, como já nos referimos, foi construído na zona dos Altares na Patagônia Argentina pela Fraternidade Branca do espaço que chegou há milhares de anos no deserto de Gobi. Para dar continuidade física à sua missão na Terra, aqueles mentores deram aos sacerdotes sobreviventes da Atlântida o encargo de resguardar o conhecimento. Isto significava também confiar-lhes a proteção do Disco Dourado que construíram e que constitui uma espécie de "chave interdimensional". Assim, o disco foi colocado inicialmente em um templo subterrâneo perto do atual lago Titicaca, na Bolívia.
Cidade Eterna ou a Lendária Wiñaymarca
Este lugar era chamado "Cidade Eterna", a antiga Wiñayamarca, do grande Huyustus, o primeiro Grande Mestre dos sacerdotes salvos das águas. A Cidade Eterna manteve-se ativa por milhares de anos. Sua maravilhosa arquitetura erguia-se a partir das galerias intraterrenas até ultrapassar a gelada superfície andina, mostrando suas colossais paredes e suas belas gravuras na rocha. Este centro espiritual, a lendária Wiñaymarca, que outrora resplandeceu nas proximidades do lago sagrado, abrigou uma estirpe de sábios, herdeiros de um conhecimento antigo e de uma nobre responsabilidade. Assim era a Cidade Eterna, cujo único testemunho de sua existência se apoia nas lendas e nas ciclópicas ruínas de Tiahuanaco.
Neste lugar desenvolveu-se uma grande civilização de gigantes, como descreve Pedro Cieza de León em 1550. Ele diz que a Cidade Eterna foi edificada antes do dilúvio, em uma só noite e por "gigantes desconhecidos". O Padre Bernabé Cobo também faz referência a gigantes em suas crônicas. De acordo com seu relato, um tal de Juan de Vargas achou entre as ruínas os restos de um destes gigantes...
O significado etimológico da palavra Tiahuanaco é: tio em aymará quer dizer "deus", tí-huan se traduz por "de deus" e aKa significa "isto". Então, Tiahuanaco quer dizer "isto é de deus", um nome que por si só revela para que foi utilizada esta lendária cidade: um templo sagrado. Entretanto, esta organização pacífica e inofensiva a transformaria em um alvo fácil para os aguerridos povos que haviam surgido, como aconteceu também com outros projetos de civilização, entre eles a suméria e a olmeca, antes da aparição dos maias. Diante da ameaça, os Mestres puseram a salvo o Disco Solar e selaram a entrada do templo subterrâneo que o abrigava. Os invasores nunca encontraram o recinto sagrado, ainda que matassem vários sacerdotes da cidade.
Um dos descendentes diretos de Huyustus dirigiu-se a uma ilha do grande lago sagrado, pois já sabia em qual lugar da atual ilha do Sol na Bolívia havia um antigo túnel que o ajudaria a escapar do perigo. Este homem hábil e inteligente seria conhecido mais tarde como Manco Cápac ou Ayar Manco. De acordo com nossas observações, na ilha se encontram numerosos túneis que, lamentavelmente, foram tapados e enterrados pela superstição da época feudal boliviana, tal como ocorreu também no Peru e no Equador. Porém, depois de diversas indagações, encontramos uma das possíveis entradas – tapada também, é claro – do túnel que se diz que conecta a Ilha do Sol com a Ilha da Lua e, se não bastasse, com Cusco no Peru. Qualquer um que tome conhecimento disto não poderia deixar de pensar que Manco Cápac e seus irmãos viajaram para Cusco por baixo da terra, saíram pelas cavernas de Pacaritambo e depois caminharam até encontrar o lugar definitivo: o Cerro Huanacaure, de onde se iniciaria o Império Inca.
Mas Manco Cápac comprovou que muitos homens deste lugar estavam ainda em estado de barbárie e, longe de rejeitá-los, sentiu piedade pelo modo violento em que viviam. Foi assim que, guiado por uma força superior, decidiu ajudar aqueles povos a conhecerem a Luz da civilização. A Confederação Galáctica aprovava suas intenções e concedeu-lhe o apoio necessário para iniciar o que seria chamado de Projeto-Inca. É preciso mencionar que Manco Cápac não estava só. Ajudado por sua irmã de sangue, conhecida como Mama Ocllo nas lendas andinas, juntos iniciaram este projeto de instrução e exemplo.
Os Filhos do Sol
Manco Cápac e Mama Ocllo, segundo a lenda, sob as ordens do Astro Solar emergiram do Lago Titicaca para cumprir sua intenção de ser o guia e orientação dos povos que viviam em estado de barbárie. Estes enigmáticos personagens tinham um bastão de ouro e onde paravam enfiavam-no na terra. Em um determinado lugar o bastão afundou totalmente: haviam encontrado o lugar propício para iniciar o desenvolvimento de uma das culturas mais importantes do mundo. Foi assim que começou o Império Tawantinsuyo (Tawa significa quatro e Suyo, região)
É preciso dizer que Manco Cápac e Mama Ocllo desde crianças já haviam sido preparados fora da Terra pelos mensageiros celestes. Portanto, a missão que eles tinham de semear as bases de uma avançada civilização na América do Sul era parte de um projeto que visava a ativação do legado da Fraternidade Branca e à futura proteção do Disco Solar. Os Incas tinham esta missão suprema: proteger a sagrada ferramenta que une os tempos. A relação de tudo isto com o mundo subterrâneo é importante. Existe outra lenda sobre a origem dos incas que conta que quatro irmãos e suas mulheres saíram de uma caverna para fundar o Império do Sol. Uma vez mais o protagonista é Manco Cápac que finalmente cumpre sua missão. Seja como for, ambos relatos nos colocam diante de um início marcado por certas características particulares que vão dar vida a esta sábia civilização.
O Império Inca foi um grande império que, em linhas gerais, estendeu-se do sul da Colômbia até a parte central do Chile e dos Andes até a costa. O lugar escolhido para semear as bases de uma nova civilização foi Qosqo (Cusco), ponto magnético que reunia as condições para servir de cenário a esta elevada cultura. Os primeiros tempos do que poderíamos chamar de "a segunda dinastia inca" transcorreram com suma felicidade, paz e abundância. A primeira corresponde a Tiahuanaco.
Os incas desenvolveram uma economia sustentada pela intensa construção de fileiras de terraços na montanha e, para viabilizar a agricultura nelas, conseguiram maestria na arte hidráulica e irrigação. Sua civilização se desenvolveu tanto nos centros urbanos como nas redes de estradas. Exerciam uma administração eficiente e manejavam com destreza as artes e o trabalho com metais. Sua arquitetura eficaz e sóbria contrastava com um artesanato muito singular nas suas telas e no acabamento. Uma extraordinária mão de obra de cerâmica também faz parte das diversas a artes nas quais se expressaram. Em uma breve mas muito consistente referência à religião inca, poderíamos dizer que, em princípio, foi muito simples. Só adoravam Viracocha que eles consideravam o deus criador e alguns outros: Inti, Mama Quilla, Pacha Mama e Pachacamac.
Viracocha, também chamado Illa Viracocha Pachayachachi, era considerado como o esplendor originário, ou O Senhor, Mestre do Mundo. Na realidade foi a primeira divindade dos antigos Tiahuanacos, que provinham de Titicaca. Criou o céu e a terra e a primeira geração de gigantes que viviam nesta zona. O culto a um deus criador supunha ter um conceito do que é abstrato e intelectual e estava destinado só à nobreza. Viracocha, como outros deuses, foi um deus nômade (!) e tinha um companheiro alado, o Pássaro Inti, uma espécie de pássaro mago, grande conhecedor de coisas maravilhosas, inclusive dos acontecimentos futuros. Em 1977 a arqueóloga Maria Scholten de D'Ebneth sacudiu as bases da academia ao publicar pela primeira vez suas investigações sobre "A Rota de Viracocha". Neste estudo, a Senhora Scolten demonstrou que diversos pontos arqueológicos da Bolívia, Peru e Equador – lugares que as lendas marcam como "zonas de passagem" do deus instrutor Tecsi Viracocha – estavam magistralmente alinhadas com o uso da geometria, revelando os verdadeiros conhecimentos científicos das antigas culturas andinas. Isto fica particularmente inquietante quando se pergunta quem realmente foi Viracocha. Um dos instrutores celestes!
De Manco Cápac a Atahualpa: da Luz à Escuridão
Não demorou muito para que Manco Cápac revelasse a existência do Disco Solar. Antes de sua morte, confiou a Sinchi Roca, seu sucessor, a entrada secreta do recinto subterrâneo que ficava às margens do Lago Titicaca, conhecido antigamente como Mamacota ou Puquinacoha (lugar de origem). O Disco foi encontrado e imediatamente levado ao Koricancha de Cusco, o templo de ouro dedicado ao astro solar. Lamentavelmente a índole guerreira dos incas começaria a surgir, guiados por Sinchi Roca. Curiosamente Sinchi significa "guerreiro", "muito forte", "amargo". Então, executaram um plano que procurava expandir o império para além dos limites conhecidos. Assim começaram os primeiros anos desta "segunda dinastia inca", quando passaram dos governos pacíficos do estadista LLoque Yupanquipara para o do poderoso e conquistador Cápac Yunpanqui que estendeu os limites de seus reinos para além das terras conhecidas.
Em guerras externas e internas transcorreria grande parte dos períodos entre o sétimo Inca, Yahuar Huaca e o nono, Pachacutec, que também seria reconhecido como o maior dos construtores não só de grandes e imponentes templos, mas também do planejamento urbano e estratégico de defesa de suas cidades. Mas a conta regressiva para o final não se fez esperar e começou com a chegada do décimo primeiro inca, Huayna Cápac. A Grande Fraternidade Branca, em seu retiro na selva de Madre de Diós – Paititi, a cidade secreta – no oriente do Império, não estava alheia aos acontecimentos que estavam a ponto de acontecer.
Huayna Cápac, pai de Huascar e Atahualpa, subiu ao trono em 1481, aos trinta anos de idade. Era afável e muito querido pelos seus vassalos. Era admirado por sua valentia e prudência, mas era temido por ser um implacável conquistador. Teve mais de cem filhos homens e umas cinquenta mulheres. Com a filha do senhor principal de Quito, gerou Atahualpa, enquanto que Huáscar nasceu em Qosqo (Cusco), filho da união com a coya Rahua Ocllo, sua irmã e segunda mulher legítima, já que a coya mais velha não pôde lhe dar descendência. Huayna Cápac governou por mais de três décadas, continuando com sua política de extensão territorial e fortalecendo a organização estatal iniciada por seu pai Túpac Inca Yupanqui, grande conquistador e estadista.
Túpac Yupanqui quis fazer uma ambiciosa expedição militar de conquista, primeiro no Oeste nas ilhas da Polinésia, com quatrocentas balsas e vinte mil guerreiros, segundo contaram ao cronista Pedro Sarmiento de Gamboa, chegando à Ilha de Páscoa, como demonstra o nome da baía de Teava-nuo-Tupa (a baía do rei Tupa) e o templo do Sol, hoje transformado em Ahu Vinapu, no final do aeroporto Mataveri. A outra expedição foi feita para o leste, ao Antisuyo, na zona de selvas de Madre de Diós, com mais de quarenta mil guerreiros, cuja finalidade era expandir as fronteiras do império ao Antisuyo. Mas as fortes resistências das tribos aborígenes, a difícil geografia dos rios caudalosos, as selvas densas e impenetráveis, o clima excessivamente quente e todo tipo de parasitas e vermes obrigaram as dizimadas hostes incas a fazer um pacto com o Grande Yaya, senhor e cacique das tribos da região do Paititi.
Segundo a lenda, a confirmação deste pacto se dá com a construção da cidade chamada Paiquinquin Qosqo, ou "cidade gêmea de Cusco" no planalto de Pantiacolla, como último posto de penetração na selva, conectada com Paucartambo por sete pousadas e fortalezas ao longo do caminho. Ao pé da cidade se construiu uma lagoa quadrada para assegurar os recursos hídricos. Este lugar, considerado um santuário pelos nativos, encontrava-se ao lado de uma grande cachoeira e de uma montanha com um grande rosto olhando para o céu, como Macchu Picchu, atravessada por profundas cavernas. Este grande rosto no planalto de Pantiacolla é idêntico ao perfil dos moais da Ilha de Páscoa. Entretanto, não devemos confundir esta penetração inca na selva com a fundação real do Paititi. Na realidade, o verdadeiro Paititi é uma cidade intraterrestre, estabelecida antes da aparição do Império Inca por sobreviventes da Atlântida.
A próprias lendas contam que do interior das grutas saíam homens muito altos, vestidos de branco, ou com trajes de cor ocre. Assim, a investida inca não somente teve que solicitar autorização dos indígenas da zona, mas também a dos habitantes dos subterrâneos, ou os "primeiros guardiões". Dizia-se que estes, os Pacos Pacuris, eram sobreviventes de uma civilização que se estendeu por toda a região amazônica e que representavam uma humanidade intraterrestre.
O Ocaso do Tawantinsuyo
Enquanto Huascar e Atahualpa lutavam para assumir a condução do Império, seria Choque Auqui, irmão secreto deles, homem jovem, de estatura mediana e boa aparência, intuitivo e inteligente que terminaria a missão dos incas que se deixaram afetar pelo mau uso do poder. Conquistaram desmedidamente e, pela lei de causa e efeito, acabariam sendo conquistados.
Do centro principal da Hierarquia, construído embaixo da terra nas selvas de Madre de Diós, atual Peru, região que foi conquistada por Túpac Inca Yupanqui, como já foi falado, chegaram ao Império três emissários, advertindo sobre o final trágico que se aproximava. Os Mestres Incas sabiam que os enviados do reino intraterrestre estavam certos, já que diversos sinais que vinham observando apontavam para o final do Império. Então, depois que os emissários foram embora, os anciões quipumayoc esconderam todos os arquivos da cultura andina que puderam reunir e levaram o Disco Solar para um lugar seguro. Um disco fabricado com ouro puro, idêntico ao original, substituiu o outro na parede do Coricancha para não despertar suspeitas.
Por isso, o príncipe Choque Auqui convocou em segredo os amautas, ou mestres, e lhes apresentou a possibilidade de uma fuga coletiva rumo a um lugar seguro, para onde os Paco Pacuris haviam levado o Disco de Ouro a fim de protegê-lo, evitando que caísse nas mãos dos conquistadores. Para realizar esta fuga, Choque Auqui contaria com a ajuda dos habitantes dos povoados, dos sacerdotes e das mamacunas ⁷, todos próximos ao Templo do Sol. Dali os enviados chegariam ao Coricancha durante a noite para penetrar na Grande Chingana – em quechua "Labirinto" – um túnel labiríntico subterrâneo que passa por baixo da cidade e vai até a fortaleza de Sacsayhuamán. Depois seguiriam por outro túnel próximo, indo em direção a Paucartambo e dali, finalmente na superfície e vencendo lugares muito difíceis, se dirigiriam às selvas do Manu.
7. As mamacunas eram mulheres escolhidas que se dedicavam ao dever religioso e à educação feminina.
O despertar do Disco Solar
A fuga de Choque Auqui e a proteção do Disco Solar aconteceu em 1533. O Disco, hoje preservado pelos Mestres da Fraternidade Branca do Paititi, é uma espécie de ferramenta cósmica que atua como uma "chave" interdimensional, podendo levar o planeta inteiro ao Real Tempo do Universo, quando se dará a reconexão dos tempos. Por isso, os Mestres dizem que, na verdade, o disco não representa nosso Sol, mas o Sol Central Galáctico. E agora sabemos que tampouco é o único!
Além do Grande Disco de Paititi, existem outros 12 discos que foram construídos pelos lemurianos sob a supervisão dos mensageiros celestes. Estes discos formam uma verdadeira rede energética que, ligada ao Disco Solar do Paititi, elevará a Terra no momento de pico da conexão galáctica. Estes discos estão guardados atualmente nos Retiros Interiores da Fraternidade Branca em lugares como o Monte Shasta (USA), o Vale da Sete Luminárias (México), Cidade Branca (Honduras), Cidade Perdida na Serra Nevada (Colômbia), Talampaya (Argentina), Serra do Roncador (Brasil) e outros locais da América do Sul e do mundo.
Estes treze Discos, o do Paititi e os doze restantes, formam "A Rede do Tempo". É curioso que para os maias o número 13 representava precisamente o tempo e que o sacerdócio mágico era composto por um Mestre e doze discípulos, do mesmo modo que Jesus e seus apóstolos. Assim, de acordo com este simbolismo, o Disco de Paititi representa Cristo e, portanto, seu retorno como Senhor do Tempo. Não é casualidade que, dentro da Cosmogonia Andina, se espere o príncipe Choque, o Inca Rei que deverá voltar do Paititi para Cusco, o "umbigo do mundo" para restabelecer a ordem e selar um tempo novo.