São Thomé das Letras

MINAS GERAIS

 Um dos primeiros destinos do grupo de expedições de Guarapuava em agosto de 2016, até então formado por Plínio, Thiago, Renê e Romeu, São Thomé das Letras acabou sendo um caso curioso. Como organizávamos uma saída de campo dos grupos de contato em um sítio entre os municípios de Aiuruoca e Alagoa em Minas Gerais e na sequência iríamos para Paraúna-GO, São Thomé era, a princípio, um simples ponto de parada no caminho. Planejávamos dormir duas noites - chegaríamos à noite no primeiro dia e conheceríamos a cidade no dia seguinte - e logo seguir viagem. Mas pouco antes de deixarmos o sítio em que estávamos uma das integrantes dos grupos nos disse que não iríamos a passeio pra São Thomé, mas que iríamos a trabalho. Achamos um pouco estranho pois até então não havíamos recebido nada dos Guias sobre isso. Seguimos então para lá, aproveitando um belíssimo pôr do sol pouco antes de chegar.

"Pirâmide" em São Thomé das Letras

Na manhã seguinte aproveitamos para caminhar e conhecer a cidade, indo até a pirâmide (ponto turístico da cidade com uma bela vista em 360º de toda a região) e depois andando pelo centrinho da cidade. Enquanto caminhávamos percebemos que 3 integrantes possuíam uma pedra representando um dos 4 elementos - os 4 elementos do planeta são água, ar, fogo e terra - faltando apenas o elemento fogo com um dos integrantes. Decidimos então procurar alguma loja que vendesse uma pedra representando o elemento fogo. Lembrando que ter ou não ter a pedra do fogo em nada interferiria no nosso trabalho, na expedição. Somos movidos pelo contato direto com seres extraterrestres, trabalhando e manipulando energias em prol da luz, com a orientação destes seres, sem apegos a misticismos, esoterismo ou objetos. Porém, por uma questão interna do grupo, uma simbologia para nós, resolvemos procurar a tal pedra. 

 Depois de entrarmos em várias lojas nos deparamos com a loja Harmonia. Lá havia vários objetos contendo símbolos relacionados com a expedição, o que nos fez ficar um pouco mais atentos com esse lugar. Após algum tempo olhando a loja, uma senhora muito simpática que atendia lá nos disse, curiosamente, que poderíamos fazer qualquer pergunta a ela, não necessariamente sobre os objetos da loja. Nos olhamos todos e de prontidão, sem conversarmos sobre o que perguntaríamos, o Plínio lançou a seguinte pergunta: existe algum local em São Thomé que se conecta com a 4ª dimensão? E ela respondeu: em nome de quem querem saber? E o Plínio disse em nome da Confederação dos Mundos da Galáxia. Ela simplesmente respondeu que neste caso haviam dois lugares.

 Foi umas das coisas mais incríveis que já vi acontecer em uma expedição. A sincronia dos acontecimentos foi sensacional. É o tipo de coisa que, mesmo anos depois, ainda nos surpreendemos ao relembrar. Passamos praticamente uma hora conversando com a Sara, uma senhora muito simpática e possuidora de um enorme conhecimento. Durante todo esse tempo ninguém nos atrapalhou, somente uma mulher entrou na loja e ficou esperando o tempo todo acabarmos a conversa para finalmente conversar com a Sara. Saímos de lá sem acreditar no que havia acontecido, pois foi uma conversa muito profunda, sobre diversos aspectos do ser, das energias e de toda a temática que envolvia a expedição. Descobrimos que realmente estávamos a trabalho, e que este trabalho deveria ser realizado no Pico do Gavião, localizado em Sobradinho, um distrito da região de São Thomé das Letras. E a pedra do fogo? Não tinha na loja, mas a encontramos em um camelô logo em frente.

Logo após o almoço partimos para o Pico do Gavião em Sobradinho. E por que escolhemos este lugar dentre os dois passados pela Sara? Durante todo o percurso, desde a saída de Guarapuava, sempre encontramos gaviões. Era como se nos seguissem na viagem. E, para completar, no sítio em que estávamos anteriormente havia uma grande pedra bem conhecida na região, a Pedra do Gavião. Sendo assim, não tivemos dúvidas ao eleger o Pico do Gavião como nosso local de trabalho. Logo na saída da cidade uma mulher nos pediu carona. Vimos que era a mesma mulher que estava na loja Harmonia. Devido à mais uma sincronia (quando começamos a entender como o universo funciona percebemos que não há coincidências e sim sincronia) resolvemos dar carona pra ela. E, obviamente, ela ia pro mesmo lado que nós, ficando na metade do caminho.

Trilha para o Pico do Gavião

 Após chegar em Sobradinho seguimos as instruções da Sara e procuramos por um guia que pudesse nos levar até o nosso destino. Encontramos o Júlio, um rapaz de vinte e poucos anos, que nos disse que o Pico do Gavião é um lugar muito especial, onde ele dificilmente leva os grupos de turistas. Nos falou também que é muito importante preservar a energia daquele local e, por isso, somente leva até lá pessoas que ele sente estarem "preparadas". Nos perguntou o motivo de querermos ir até lá, e contamos tudo nos mínimos detalhes. Ele compreendeu o que fazíamos e nos disse ter tido algumas experiências com ovnis na região. Também nos falou que devíamos ser rápidos pois o lugar é protegido pelo exército. No caminho, já na trilha a pé, passamos por um local magnífico, uma "cidade de pedras". Um local com formações rochosas belíssimas e curiosas, formando inclusive animais. Ali sentimos uma energia muito forte, sentindo, inclusive, como se ali houvesse uma cidade ou um povoado em um plano etérico ou outra dimensão. Essa percepção foi muito forte para todos. Provavelmente ali é um local onde diversas realidades se conectam. 

Chegando no Pico do Gavião meditamos para relaxar e posteriormente nos conectar aos Guias e receber instruções sobre o que seria realizado no local. Durante o pôr do sol conectamos o Pico do Gavião com a Pedra do Gavião e o Pico do Papagaio em Aiuruoca/Alagoa (que se situam numa mesma linha magnética com o Pico do Gavião e que podiam ser vistos de onde estávamos) e também com a Serra da Portaria em Paraúna. Depois verificamos que estes pontos se encontram todos em uma mesma linha, incluindo a Serra do Roncador. Foi uma sensação muito forte de dever cumprido, sob um visual incrível. Vale ressaltar que o Júlio foi uma importante peça, participando conosco das meditações realizadas. É uma grande pessoa, com uma enorme consciência. Voltamos à noite, o que deixou aquele lugar mais especial ainda. No outro dia fomos embora lembrando das palavras da nossa amiga Bel Bianchi, realmente não estávamos a passeio. 

 Deixamos São Thomé das Letras com uma sensação de que foi pouco tempo na cidade, mas com uma outra sensação de realização. Essa cidade é muito especial, onde muitos vão atrás de experiências mágicas, transcendentais, cada um na sua linha de trabalho. Em função disso há muita mistura de energias, algumas mais leves e sutis e outras mais densas e pesadas. É preciso estar atento para não se vincular ou não ser afetado por energias indesejáveis. Saber se proteger energeticamente é fundamental num lugar como esse. 

Renê Castilho - 2019

Formação de pedras na trilha pro Pico do Gavião

"Rosto" de pedra