Capilla del Monte
ARGENTINA
Entre o final de setembro e o início de outubro de 2022 fui até a cidade de Capilla del Monte na região das serras de Córdoba, na Argentina, junto com um companheiro do grupo de expedições, Lucas Trombini. Foi uma viagem diferente, pois desta vez não havia sido convocado diretamente pelos Guias Extraterrestres ou pela Fraternidade Branca para ir até lá neste momento. Apesar de ter
recebido a informação que seria importante conhecer esta região há mais ou menos
4 anos atrás, resolvi ir até lá por uma oportunidade de conhecer a cidade de
Córdoba (localizada há 2 horas de carro de Capilla del Monte) que surgiu de
última hora, mas que apesar disso não torna a ida até Capilla menos importante
do que seria caso recebesse uma comunicação dos nossos irmãos maiores. Nunca
devemos ficar presos ou dependentes das mensagens e/ou comunicações dos Guias.
Devemos, sempre, fazer aquilo que sentimos em nosso interior e seguir uma das
ferramentas mais importantes que temos: a nossa intuição.
Capilla del Monte é um munícipio argentino localizado na província de Córdoba, com uma população de pouco mais de 10.000 habitantes (censo 2010), estando aos pés do famoso Cerro Uritorco. A cidade é muito conhecida por todo o misticismo que a envolve. Pessoas dos mais variados grupos espirituais das mais variadas linhas filosóficas de trabalho compõem grande parte de seus habitantes como também dos turistas que a visitam. De acordo com moradores da cidade que nos falaram a mesma coisa em relação aos grupos que se dizem espirituais, "em Capilla tem de tudo e por isso tem que se cuidar também". Querem dizer que há pessoas sérias, com trabalhos reconhecidos, como o contactado Ricardo González, mas também há charlatães, interessados em inflar seu próprio ego de guru manipulando pessoas, além de casos mais graves, como aqueles que manipulam energias em benefício próprio, sem que seus seguidores se deem conta. Uma comparação que fazemos é com a cidade brasileira de São Thomé das Letras-MG, conhecida também pelos mesmos motivos. Em seu passado abrigou um importante povo indígena, os Henia, mais conhecidos pelo nome dado pelos colonizadores espanhóis, os Comechingones.
Centro de Capilla del Monte
O Guardião
Em Capilla conhecemos um dos seus guardiões e que acabou sendo nosso guia, Cristian de Martini. Cristian é um professor de educação física e guia turístico (não oficial) na cidade. Por isso trabalha com pequenos grupos que são indicados a ele e não cobra diretamente por seus serviços. Deixa as pessoas livres para lhe ofertarem o quanto acham justo. Ele foi uma indicação dos nossos amigos e parceiros de expedição do Uruguai e desde o primeiro momento que o vimos percebemos que seriam dias muito interessantes. Logo que nos conhecemos ele se apresentou como um portador da "energia do Arcanjo Miguel", o que foi sincrônico com algo que havíamos vivenciado no caminho. Pouco tempo depois de estarmos em terras argentinas paramos abastecer em uma pequena cidade chamada San Miguel. Lá, durante uma breve meditação, recebemos dos Guias a informação que havíamos parado nessa cidade para nos conectarmos com a energia do Arcanjo Miguel, pois ela se apresentaria novamente durante a viagem. Além disso, ele também é praticante de Kung-fu e Chi Kung, artes marciais que o Lucas também é praticante. Pequenas sincronicidades que transformam a experiência.
Da esquerda para a direita: Lucas, Cristian e Renê
Entrada da cidade de San Miguel
Após as conversas iniciais fomos almoçar e logo seguimos para a região do Cerro Uritorco. Porém, segundo ele, existem duas formas de visitar esta montanha tão mística e sagrada para os nativos de Capilla. Existe a rota turística e existe uma segunda rota por um outro lado da montanha e que somente ele possui acesso. A questão é que essa segunda rota está em uma propriedade privada que possui um restaurante e que só é possível ir mediante reserva. Tendo tudo isso em conta, seu proprietário não permite turistas na propriedade. Somente clientes do restaurante. Cristian é amigo do proprietário e por isso somente a ele é dada a permissão de entrar na trilha atrás do restaurante, sempre com grupos pequenos. Foi uma caminhada relativamente fácil e curta, mas que foi muito importante. Ali começamos a nos conhecer de verdade, algo muito importante quando conhecemos o guardião de algum lugar. Falamos sobre nossas experiências com extraterrestres e com os intraterrenos através dos grupos de contato, nossas viagens e do porquê que estávamos ali. Em contrapartida ele também nos falou do seu ceticismo em relação a tudo isso devido aos diversos charlatães que vivem por ali e também devido ao fato que a grande maioria das pessoas procura o contato extraterrestre como o único meio de evolução ou como se fossem salvadores da humanidade ou de si próprios e esquecem de olhar para dentro, para si mesmos e para as pessoas em volta. Esquecem que o principal contato é o humano. Foi uma conversa muito boa pois compartilhamos do mesmo ideal, do contato humano, mas também pudemos apresentar um outro lado do contato com seres de outras dimensões.
Trilha para a parte de trás do Cerro Uritorco
Durante a trilha ele também nos mostrou toda uma tubulação muito antiga, de ferro, que entrava na montanha e tinha mais de 10 km de comprimento. Segundo ele, foi construída pelos ingleses no final dos anos 1800. Perguntamos o porquê e ele não sabia dizer. Disse que ninguém sabe o verdadeiro motivo, pois sempre diziam que era para coletar água. O curioso é que sai um pequeno rio de dentro da montanha, o qual fomos margeando por boa parte de trilha, juntamente com a tubulação. Se queriam água, bastava pegar do rio. Por que será que precisavam fazer 10 km de tubulação e colocá-la dentro da montanha para coletar água? Tudo isso há mais de 100 anos atrás, com canos de ferro extremamente pesados e passando por uma mata? De qualquer forma, parte dessa tubulação ainda está lá e pode ser vista facilmente.
À noite fomos para um local chamado Campo Henia, outra região montanhosa da cidade, onde acampamos em um pequeno espaço embaixo de uma pedra, formando uma pequena gruta. Conversamos por longas horas, onde Cristian nos comentou sobre a disputa de poderes de certos grupos na região, atuando sempre nos bastidores da cidade e procurando comprar ou se apossarem de propriedades rurais aos arredores de Capilla, sempre situadas em locais considerados energéticos. Cristian é amigo de muitos proprietários desses locais, que contam a ele sobre o assédio que recebem para venderem suas propriedades. Também possui acesso a algumas dessas propriedades, sendo considerado um guardião ou protetor por alguns de seus donos. Terminamos a noite falando mais um pouco sobre os grupos de contato aqui do Brasil e com os Guias se demonstrando presentes no céu, sem deixar dúvidas sobre a origem do fenômeno.
Encanamento inglês do final do séc XIX
Campo Henia e Cerro Uritorco ao fundo
No dia seguinte, nosso segundo e último dia em
Capilla, conhecemos mais um pouco do Campo Henia. Esse lugar rochoso e seco é
composto, entre outras rochas, de cristais de quartzo branco. É incrível a
quantidade de cristais de todos os tamanhos que se encontra na área. Sabemos
que os cristais possuem propriedades energéticas e o quartzo branco é associado
à sabedoria, cura e também purificação. É usado também para auxílio em
meditação. Os povos nativos das américas utilizavam os elementos da natureza
como ferramentas, em todos os aspectos da vida. Com certeza os Henias, que
habitavam a região, não deviam ser diferentes. Durante a caminhada Cristian nos
levou até um trono feito inteiramente de quartzo. Com certeza não foi feito
apenas como decoração. Também fomos até uma pequena queda d'água em um córrego
na parte de baixo da montanha para um exercício de purificação. É uma água que
flui direto do interior da montanha, trazendo consigo uma energia muito forte e
ao mesmo tempo leve, sendo perfeita para esse exercício que Cristian propôs. É
um local isolado, em uma propriedade particular, que poucas pessoas frequentam
e por isso ainda mantem uma pureza na sua energia. Foi renovador e dali
partimos para a casa do Cristian, onde gravamos uma *entrevista de quase 1 hora
antes de nos despedirmos. Nessa entrevista ele nos mostrou um mapa de toda a
região de Capilla del Monte e de outras 3 cidades, criado por ele mesmo, cheio
de símbolos e significados ocultos, uma verdadeira obra de arte criada em grande
parte pela sua intuição.
Trono de cristal de quartzo branco
Antes de seguirmos viagem de volta para o Brasil ainda encontramos com o já mencionado Ricardo González, importante contatado extraterrestre, autor de diversos livros sobre o tema e que já participou do canal History algumas vezes. Ricardo já esteve em nossa cidade no ano de 2017 em um evento que organizamos e, desde então, mantemos contato. Devido ao nosso escasso tempo e à agenda dele, tivemos apenas uma hora para conversarmos, mas que foi extremamente útil e agradável, trazendo importantes informações para nós. Também conhecemos sua esposa Sol, uma pessoa simpática e que também tem muito a compartilhar.
Ricardo Gonzalez Corpancho e sua esposa Sol Sanfelice
Ao todo foi uma semana viajando até estarmos novamente em casa, mas apenas 2 dias em Capilla del Monte. Mesmo assim foi muito importante para o nosso processo de caminhada pessoal estar lá. Foi um local que reforçou o entendimento que nas viagens e expedições, assim como na nossa vida, o principal não é o contato com seres de outros planetas, de outras dimensões ou outras realidades, e sim o contato entre nós seres humanos. Ter revisto um amigo e feito um novo vale mais que qualquer outro contato. No entanto sempre estivemos amparados pelos Guias, sempre sentimos suas presenças e quando precisamos nos comunicamos com eles e recebemos as informações necessárias. Nunca os deixamos de lado assim como eles nunca nos deixam de lado. Com o passar do tempo apenas vamos entendendo o valor dos diversos tipos de contato que temos.
Renê Castilho 04/02/2023
*Em breve disponibilizaremos a entrevista em nosso canal no Youtube.
Lucas e Cristian treinando Kung-fu
Riacho onde nos purificamos
Vista aérea do riacho
Mapa da região criado por Cristian
Morteros. Buracos nas pedras encontrados por toda região que estivemos.
Local onde acampamos